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Michele Manfrin: A situação no Brasil é gravíssima
09/05/2024 09:01 em News

 Republicamos de L'Independente - Itália  

Texto de Michele Manfrin: Sociólogo Italiano

Publicado aqui

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No sul do Brasil, chuvas recordes relacionadas ao El Niño causaram inundações sem precedentes no estado do Rio Grande do Sul, com um número crescente de mortes e extensos danos à infraestrutura e à economia. O que está acontecendo é um verdadeiro drama para o qual parece não haver trégua imediata à vista, já que fortes chuvas ainda são esperadas nestes dias. O estado brasileiro, que tem cerca de 10 milhões de habitantes, tem 401 municípios de um total de 496 afetados por enchentes e inundações, com cidades inteiras completamente debaixo d'água. Pelo menos 200 mil pessoas foram deslocadas e centenas de milhares estão sem eletricidade e água potável. As forças mobilizadas pelo governo, 15.000 soldados, policiais e bombeiros, parecem ser completamente insuficientes para lidar com a catástrofe em curso.

Há vários dias, o sul do Brasil é atingido por fortes chuvas causadas pelo El Niño, que causaram inundações e alagamentos que afetaram a maioria dos municípios do estado do Rio Grande do Sul, que faz fronteira com o Uruguai e a Argentina. Cerca de 401 municípios, de um total de 497 em todo o estado, foram afetados pelas enchentes e alagamentos, com cidades inteiras completamente debaixo d'água. O número de mortos não pára de crescer, assim como o número de pessoas desaparecidas. Até o momento, mais de 100 pessoas perderam a vida, enquanto outras 200 foram perdidas. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, classificou a situação como uma "catástrofe" e, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira, disse que os números estão aumentando a cada dia e que, por isso, os dados são "imprecisos". "A dimensão da crise no Rio Grande do Sul é o que torna essa situação particularmente difícil de lidar. Praticamente todo o estado é afetado de alguma forma", disse Leite. Pelo menos 200.000 pessoas estão desalojadas e desabrigadas e apenas 49.000 delas receberam uma vaga em abrigos criados pelo governo, enquanto o restante da população ainda busca novas acomodações. "Uma projeção inicial mostra que, entre sexta-feira e domingo, teremos novamente chuvas muito fortes na metade norte do estado, que vão atingir os rios que já subiram e que causaram todo esse estrago", disse Leite, pedindo que as pessoas não voltem para suas casas ainda, pois ainda há risco de novas inundações.

Ontem, o município de Porto Alegre, capital do estado, com cerca de 1,4 milhão de habitantes e completamente debaixo d'água, alertou os socorristas civis para que interrompam suas operações, diante da previsão de chuva, raios e ventos superiores a 80 quilômetros por hora. Cerca de 15.000 soldados, policiais e bombeiros foram mobilizados pelo governo para lidar com a emergência, mas parece que não é suficiente dada a escala da catástrofe em curso. Em Canoas, ao norte de Porto Alegre, as águas chegaram a cerca de três metros de altura e a única forma de se locomover é de barco. Situação semelhante se repete em grandes áreas do estado brasileiro, com as autoridades pedindo à população civil que forneça barcos e veículos anfíbios que possam ser usados durante as operações de resgate.

Ontem, a Marinha do Brasil enviou seu navio NAM Atlantico para Porto Alegre com duas estações móveis de tratamento de água. De fato, na capital gaúcha, quase todas as estações de tratamento de água estão fora de funcionamento e há temores sobre possíveis consequências sanitárias e de higiene. Enquanto isso, um número desconhecido de pessoas, provavelmente mais de um milhão, está sem eletricidade e água potável e alimentos são escassos em várias partes do estado.

Em suma, está em curso no Brasil uma verdadeira tragédia que, infelizmente, deve se tornar ainda mais grave nos próximos dias, com o retorno das fortes chuvas e o alto risco de novas enchentes dos rios que cortam o Rio Grande do Sul.

 

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  Licença: Creative Commons  

  Imagem de Hans em Pixabay   

  Tradução Via Mate 

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